O Machado Meyer, Sendacz e Opice lançou em abril o projeto “MMSO Sustentável”, que prevê a realização de uma série de ações de sustentabilidade e o desenvolvimento de uma cultura corporativa social e ambientalmente responsável. O lançamento do projeto contou com uma palestra do presidente do Grupo Santander Brasil, Fábio Barbosa. Entusiasta do tema, Fábio Barbosa falou de sua visão sobre sustentabilidade e como ela deve estar ligada diretamente ao negócio. “Não dá para ir bem, indefinidamente, em um país que vai mal”, afirmou o presidente, ressaltando que há uma interdependência entre os diversos setores da sociedade e um aumento da consciência do cidadão. Nesse contexto, as organizações, seja por convicção, conveniência ou constrangimento, estão adotando práticas de sustentabilidade.

No entanto, Fábio Barbosa frisou que essas práticas devem abranger o “core business” da empresa. “É necessário pensar sistemicamente. Sustentabilidade não é abrir mão do econômico, mas integrar as dimensões sociais e ambientais em todas as decisões”. Segundo o presidente, essa postura já vem mostrando resultados: “As empresas sustentáveis são as que estão melhor superando a crise”.

“Com o MMSO Sustentável, queremos implantar no escritório esses conceitos, buscando, assim, benefícios para clientes, colaboradores e a sociedade como um todo”, afirma Nei Zelmanovits, CEO do Machado, Meyer, Sendacz e Opice. A banca já desenvolvia ações de responsabilidade social com o apoio a instituições que cuidam de jovens carentes e com a “adoção” da escola pública Presidente Kennedy, por meio do projeto “Parceiros da Educação”. Expandindo esse trabalho para a área ambiental, o escritório irá agora neutralizar suas emissões de gás carbônico.“Por meio do Protocolo de Kyoto, os países com metas específicas vêm tentando reduzir a emissão de gases que provocam a intensificação do efeito estufa.

Sensível a esse tema, a iniciativa privada criou um mercado paralelo de compensação de carbono. É nesse contexto que nos inserimos”, explica Roberta Leonhardt, advogada responsável pelo projeto. Para desenvolver essa ação, o escritório contratou a empresa Max Ambiental, especializada em desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas. Ela foi a responsável pelo cálculo das emissões do escritório no período de 2009, incluindo fontes como consumo de energia, viagens e quantidade de resíduo orgânico gerado.

A compensação será feita por meio do plantio de 2,7 mil árvores nativas de Mata Atlântica, na cidade paranaense de Guarapuava. A prioridade será a recuperação de matas ciliares, ajudando assim no combate do assoreamento dos rios e da erosão das margens. Outra iniciativa será a substituição gradual dos copos plásticos por canecas. “Os copos demoram a se decompor na natureza e são facilmente substituídos”, afirma Roberta. Na mesma linha, o boletim bimestral impresso do escritório, o Lexpress, passará a ser impresso em papel reciclado. Marcando essa mudança, a edição atual é integralmente dedicada a temas relacionados à sustentabilidade. A banca analisa ainda outras medidas na área de racionalização do consumo de energia e de água.