por Luísa Schneiders da Silva

No dia 7 de dezembro de 2016 foi assinado pelo Ministro Liam Fox (Reino Unido) e pelo Ministro Marcos Pereira, no MDIC, às 17:30h, um MOU – Memorandum Of Understanding que estabeleceu a cooperação entre os dois países para apoiar a iniciativa de desenvolvimento de uma estratégia para implantação e disseminação do BIM no Brasil.

O Governo Federal também, através do decreto publicado em 5 de Junho de 2017, “ Constituiu o COMITÊ ESTRATÉGICO DE IMPLEMENTAÇÃO DO BUILDING INFORMATION MODELING , denominado CE-BIM, de caráter temporário e com a finalidade de propor a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM”, num claro movimento que indica estar motivado a adotá-lo, no âmbito federal.

Tal decreto determinou o envolvimento de sete Ministérios: Casa Civil, Ministério da Defesa, Ministério  do  Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Ministério das Cidades, Secretaria Geral da Presidência da República e Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, este último, a quem caberia a presidência e liderança.

A primeira reunião do CE-BIM, realizou-se em 11 de outubro de 2017, e, além da aprovação do seu próprio regimento interno, o Comitê determinou a criação de 5 Grupos de trabalho ad hoc. Foram eles:

I - Grupo de Regulamentação e Normalização;

II - Grupo de Infraestrutura Tecnológica;

III - Grupo Plataforma BIM;

IV - Grupo Compras Governamentais;

V - Grupo Capacitação de Recursos Humanos.

Outros vários órgãos também participaram dos debates e dos trabalhos de desenvolvimento da estratégia Nacional para a adoção do BIM, sendo alguns deles: Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Sebrae, ABDI, Infraero, Ministério dos Transportes (DNIT e SAC), Ministério da Saúde, Ministério do Planejamento e Banco Central.

Num segundo momento, também foi criado o grupo ad hoc responsável pela Comunicação.

Os trabalhos foram realizados em inúmeras reuniões e workshops específicos, desenvolveram-se por vários meses e incluíram a contratação de duas consultorias, a GD Consult - Steinbeis,  como  facilitadora  dos  trabalhos  gerais  para  o  desenvolvimento  da estratégia e o escritório de advocacia Machado Meyer, que contribuiu nas análises do atual arcabouço legal e na definição das necessidades de ajustes para dar segurança jurídica à exigibilidade do BIM nos processos de compras governamentais.

No último dia 17 de Maio, em Florianópolis, na abertura do 90º ENIC – Encontro Nacional da Indústria da Construção, evento anual promovido pela CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o Presidente Temer assinou o decreto presidencial que instituiu o Programa BIM BR.

Dentre outras ações, o decreto cria o CG-BIM – COMITÊ GESTOR DO BIM, de caráter permanente e também sob a liderança do MDIC, que terá como principal incumbência, empenhar todos os esforços para garantir a implementação da estratégia de adoção do BIM no Governo Federal que foi desenvolvida, definida e documentada pelo CE-BIM.

A estratégia estipulou três datas principais para os níveis gradativos de exigibilidade do BIM no âmbito do Governo Federal: 2021, 2024 e 2028.

Dentre os primeiros projetos pilotos identificados pela estratégia, foi definido o Programa PROARTE do DNIT.

O compromisso mínimo assumido pelo DNIT requer que o órgão realize todas as adequações e capacitações necessárias para viabilizar a contratação de projetos e especificações para o programa piloto (PROARTE), em BIM, até o início do ano de 2021.

Embora o compromisso formal assumido esteja restrito ao programa PROARTE, a estratégia de adoção e implantação BIM no DNIT é mais ampla e tem objetivos bem mais ambiciosos. O PROARTE será apenas o primeiro piloto, que será utilizado como um primeiro passo para viabilizar a capacitação e aprendizado da organização.

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
http://www.dnit.gov.br/planejamento-e-pesquisa/bim-no-dnit/bim-no-dnit-1/estrategia-bim-br
(Notícia na Íntegra)