Muitas empresas que poderiam ser recuperadas e gerar empregos fecham as portas no Brasil. Com algumas mudanças na lei e nas práticas de gestão, seria possível impedir a perda de dinheiro e empregos, diz Thomas Felsberg, presidente do conselho da TMA Brasil.
Recém-chegada ao país, a empresa representa a Turnaround Management Association, associação mundial, presente em 18 países, considerada uma das maiores autoridades em recuperação de empresas em dificuldades.
O objetivo da associação é manter empresas competitivas, em crescimento, e recuperar o valor das que estão em dificuldades, de preferência antes de entrar na Justiça.
"O tempo que leva a recuperação judicial aqui inviabiliza a empresa. A GM nos EUA teve recuperação judicial em apenas 40 dias. Passaram sobre as leis", lembra Felsberg.
"No Brasil, é guiar olhando no retrovisor, para ver as obrigações passadas", diz
A entidade, que não tem fins lucrativos, reúne entre seus fundadores importantes escritórios de advocacia, como Machado, Meyer, Sendacz e Opice, e Pinheiro Neto; empresas de auditoria como PriceWaterhouseCoopers, Deloitte e KPMG, além de consultorias e outras companhias.
"Profissionais podem trocar experiências, dar cursos e contribuir com outros órgãos da sociedade para o aperfeiçoamento da legislação", afirma o advogado.
"A economia brasileira não suporta mais o prejuízo por não recuperar empresas. É preciso conscientizar sobre o valor da recuperação"
THOMAS FELSBERG
presidente do conselho da TMA Brasil
(Folha de São Paulo 16.10.2009/Caderno B2)
(Notícia na íntegra)
