Em 2025, o STF confirmou a tendência de otimização dos julgamentos por meio de decisões monocráticas, predominando uma jurisprudência defensiva (negativa de seguimento ou devolução pelo regime de repercussão geral) alcançando, assim, o menor acervo processual desde 1993, segundo Min. Luís Roberto Barroso (Presidência 2023/2025). Também contribuiu para essa redução, o aumento dos casos – se comparado com 2024 – julgados em Plenário Virtual. Os gabinetes tiveram auxílio da ferramenta de IA “MARIA" (implementada no final de 2024), a qual, dentre inúmeras funções, contribuiu para a elaboração de minutas para demandas repetitivas e as ementas dos julgados.
Houve o avanço de mecanismos consensuais e de soluções estruturantes, assessorados pelos núcleos especializados (NUSOL, NUPEC e NUADE), sendo utilizados em casos sensíveis de direitos difusos, com impacto sistêmico, que demandam respostas - não binárias - para problemas complexos.
O Tribunal também julgou casos paradigmáticos, como o do 8 de Janeiro, Marco Civil da Internet e Responsabilização dos Provedores de Internet, das Plataformas Digitais de Intermediação, e Terceirização, sob a ótica da relação empregatícia (Tema 1291 e 1389), o que, junto com o aumento das reclamações constitucionais em matéria trabalhista (6.891 em 2025, enquanto, em 2024, 5.370), acabou recebendo maior protagonismo nas pautas de julgamento.
Com a entrada na Presidência, para o biênio de 2025-2027, a gestão do Min. Edson Fachin, de forma diversa da anterior, nos seus primeiros meses, vem se mostrando austera e discreta. Foi instituído o Centro de Estudos Constitucionais do STF (CESTF), inspirado em modelos internacionais, para promover exame crítico da realidade jurídica por meio da academia. Também foram iniciadas discussões sobre a elaboração de um Código de Conduta para os integrantes das Cortes Superiores, amparado no modelo Alemão.
A gestão dos Ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes deve seguir priorizando eficiência decisória, inovação, e soluções consensuais e estruturantes, mas também o fortalecimento da estrutura do Tribunal e transparência. Tratando-se de um ano eleitoral, além dos eixos que guiarão a gestão atual (direitos humanos, sustentabilidade, dignidade), a expectativa para 2026 é que o cenário político atual e as discussões que lhe são inerentes acabem ocupando as pautas de julgamento.
