A exposição "Casa Carioca" registrou um público de 122.378 mil pessoas até o penúltimo fim de semana que antecede sua despedida, em 1º de agosto
Em cartaz no Museu de Arte do Rio (MAR) desde setembro do ano passado, a mostra ocupa integralmente duas galerias do terceiro andar do equipamento cultural e a Sala de Encontro, no térreo.
Como principal exposição de 2020, reuniu cerca de 600 obras e mais de 100 artistas, que apresentaram trabalhos cuja temática perpassa pela sociabilidade, o papel da mulher como esteio de família e o direito à moradia. Colecionadores e outras 30 instituições ajudaram o MAR ao ceder algumas obras para compor o acervo.
O sucesso de público denota não só a qualidade da exposição, mas a confiança dos visitantes em escolher o MAR como opção cultural no contexto da pandemia de covid-19. Atenta às questões contemporâneas, "Casa Carioca" trouxe, também, trabalhos que exprimem o período de distanciamento social. A curadoria é assinada por Marcelo Campos, curador-chefe do MAR, e Joice Berth, arquiteta, urbanista e ativista do movimento feminista negro.
O Diretor e Chefe da Representação da OEI no Brasil, Raphael Callou reitera os cuidados com as medidas sanitárias adotadas pela OEI na gestão do MAR. “‘Casa Carioca’ chega aos seus últimos dias em cartaz, trazendo o debate sobre o direito à moradia no contexto brasileiro. E após um ano de montagem, é a última oportunidade para quem quer conhecer a exposição — sempre com a garantia de todos os protocolos sanitários no contexto da pandemia”, afirma.
Para Campos, realizar a mostra serviu de grande aprendizado. “‘Casa Carioca’ tem sido um grande aprendizado para toda equipe, para artistas participantes e para o Museu em geral. O primeiro dado foi saber que a maioria dos cariocas moram em casas autoconstruídas. Assim, tivemos grandes encontros com artistas moradores da periferia da cidade. E nas obras, muitos elementos e materiais de construção civil aparecem”, destaca o curador.
A montagem é a exposição do MAR com maior número de artistas jovens e periféricos. São trabalhos nos mais diversos suportes, como vídeos, objetos, instalações, fotografias e pinturas, que dialogam com temas como a diferença entre as moradias de favela e as moradias de elite - designadas aqui como exceções -, incêndios, mudanças, construções, demolições e celebrações.
Inovação na pandemia
Inicialmente, “Casa Carioca” estava prevista para inaugurar em maio de 2020 como parte da programação do Congresso Mundial de Arquitetos – UIA e, por conta do coronavírus, tanto a exposição quanto o congresso precisaram ser adiados. Por isso, em abril do ano passado, o museu iniciou a campanha #CasaCariocaMAR que levou para as redes sociais conteúdos inéditos relacionados à mostra coletiva, despertando atenção e interesse do público à exposição.
O Museu de Arte do Rio
Iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) desde janeiro deste ano, apoiando as programações expositivas e educativas do MAR a partir de um conjunto amplo de atividades para os próximos anos. “A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais, desde sua fundação em 1949. O Museu de Arte do Rio, para a OEI, representa um instrumento de fortalecimento do acesso à cultura, intimamente relacionado com o território, além de contribuir para a formação nas artes, tendo no Rio de Janeiro, por meio da sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, comenta Raphael Callou, Diretor e Chefe da Representação da OEI no Brasil.
Após o início das atividades em 2021, OEI e Instituto Odeon celebraram parceria com o intuito de fortalecer as ações desenvolvidas no museu, conjugando esforços e revigorando o impacto cultural e educativo do MAR, onde o Odeon passa a auxiliar na correalização da programação.
O Museu de Arte do Rio tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Equinor como patrocinadora master e a Bradesco Seguros como patrocinadora, todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura; e, como copatrocinadora, o grupo PetraGold, por meio de recursos próprios.
A Escola do Olhar conta com o apoio do Itaú Cultural, da Machado Meyer Advogados e do Icatu Seguros via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, é também patrocinada pelo Grupo GPS, RIOgaleão, ICTSI Rio Brasil, ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e HIG Capital. O Instituto Olga Kos patrocina os recursos de acessibilidade do MAR.
O MAR conta ainda com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Mais informações em www.museudeartedorio.org.br