A diversidade da economia brasileira deve manter as
oportunidades em 2015.
A
despeito dos tempos difíceis em 2014, o Brasil teve uma performance relevante
no número de fusões e aquisições. Estudo da PwC revelou aumento de 8,25% nas
transações em relação ao ano anterior: foram 812 negócios em 2013 e 879 em
2014.
De olho no contexto econômico para 2015, os
escritórios se preparam para grandes negócios notadamente a partir do 2º
trimestre.
Para Adriana
Pallis, a expectativa é de um ano movimentado. "Nossas equipes estão bem
dimensionadas para atender às necessidades das operações de M&A. Nosso
maior investimento deverá ser na formação dos profissionais, efetivação dos
estagiários e treinamento dos advogados mais jovens que estão em fase de
crescimento na carreira."
Sérgio
Fogolin crê que o setor deve manter os resultados de 2014, no mínimo. E
Fernando Meira vislumbra as oportunidades que devem surgir mesmo em períodos de
ajuste econômico e baixo crescimento, eis que "o momento de crise cria
muitas oportunidades para quem tem o dinheiro na mão".
Atividade
multissetorial
Os dados
da pesquisa confirmam que o negócio de M&A no Brasil continua sendo
multissetorial. A diversidade e o dinamismo da economia brasileira devem
manter as oportunidades em diferentes áreas durante 2015.
Sérgio
Fogolin afirma que pode ocorrer uma concentração em alguns setores da
indústria, inclusive com mudanças de paradigmas, "saindo daquela empresa
familiar e indo para uma estrutura de uma governança muito mais sólida, com
empresas de capital aberto".
O
advogado Fernando Meira comenta que as construtoras envolvidas nos problemas da
Petrobras podem ter que vender ativos (concessionárias de estradas, aeroportos,
portos) para honrar suas obrigações. E cita também oportunidades no mercado de
saúde, após a presidente Dilma sancionar o art. 143 da MP 656/14, que permite
investimentos estrangeiros em clínicas e hospitais.
Além
desses carros-chefes, as áreas de TI, telecomunicações - ou seja, serviços em
geral - devem manter-se aquecidas, segundo a análise dos entrevistados, eis que
o Brasil ainda não é um mercado maduro e, justamente por isso, não devem faltar
oportunidades.
Tal qual
ano passado, os negócios devem prosperar com maior consistência a partir de
abril. Esclarece Sérgio Fogolin: "Teremos um cenário um pouco mais claro ao
final do primeiro trimestre. E então começamos a ter um direcionamento do que
vai ser o ano."- Migalhas - 23.01.2015