Por Lucas SeabraApós anos de estagnação durante as décadas de 80 e 90, a construção naval brasileira apresentou uma forte retomada de investimentos nos últimos 10 anos e o Brasil aparece novamente nas estatísticas internacionais do setor com a quarta maior frota do mundo e o terceiro mercado em produção.O setor que empregava 3 mil trabalhadores em 2003, já emprega mais de 62 mil trabalhadores e pretende empregar 100 mil até 2017.O governo brasileiro tem mostrado grande esforço para o desenvolvimento do setor com o suporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Fundo de Marinha Mercante (FMM) e do Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN).O FMM é um dos principais instrumentos de fomento à indústria naval e ganhou fôlego desde 2003, garantindo a revitalização do setor, com desembolsos na ordem R$ 1,5 bilhões por ano.Os estaleiros brasileiros têm em sua carteira de encomendas 367 obras de construção naval offshore e nove novos estaleiros estão em implantação nos Estados de Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Embora a frota brasileira contabilize, até o momento, cerca de 400 embarcações, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) estima demanda para mil embarcações nos próximos anos, principalmente para atender a exploração marítima de petróleo e gás.