Quem apoia diz que a lei facilita a regularização de estrangeiros, simplificando a vida das empresas que querem contratar quem vem de fora.
Apesar de ainda não enxergar nenhum direcionamento das companhias baseado na mudança, Isis Borges, gerente da consultoria de recrutamento Robert Half, aposta num mercado mais competitivo. "Com certeza haverá mais opção de mão de obra para o empregador, principalmente para as áreas tecnológicas", afirma. Segundo a consultora, as companhias sofriam muito para contratar imigrantes. "Tivemos casos de pessoas que precisaram esperar mais de sete meses para obter o visto, mas a firma não estava disposta a esperar.''
A cooperativa de carnes Copacol emprega profissionais de outros países, inclusive refugiados, desde o final de 2012. Hoje, dos 9 000 funcionários, 327 são estrangeiros, entre haitianos, bengaleses, senegaleses, paraguaios e argentinos. Para o presidente da companhia, Valter Pitol, a nova Lei de Migração deve ter um impacto positivo na produtividade desse grupo. "Ela estabelece igualdade de direitos em relação a serviços, programas e benefícios sociais, como banco e seguridade social. Isso permite aos migrantes melhor condição de vida, impactando positivamente no trabalho executado", diz. Se olharmos a lei pensando no contexto mais amplo do país, ela é positiva, pois traz um olhar mais humano. Para o RH, o processo imigratório deve ficar mais rápido", diz Nélia Soares, diretora de recursos humanos da AIG Brasil. A companhia não tem em seu quadro imigrantes. Mas, como parte de suas iniciativas de diversidade, participa de um projeto com outras seguradoras para formar exclusivamente refugiados para trabalhar no setor. O programa ainda está sendo desenhado.Exame
https://exame.abril.com.br/negocios/nova-lei-de-migracao-deve-facilitar-trabalho-para-refugiados/
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